simaoluizjr

Simão Luiz  Ó meu Senhor Quantos nomes já teve na história? Quantas honras, quanta glória Seu Nome representou Foste Bezerro d´ouro Adorado em altar Foste Zeus, casado com Hera Filho de Titãs Poseidon, em alto mar Comandavas o Olimpo Campo limpo De divindades humanas E Soberanas Como Xerxes, da Pérsia E Osíris, do Egito, que também foste... E assim Foste Ordem instaurada Força armada Sociedade controlada Quem podia contestar? Aliado de Torquemada Financiador de Cruzada Foste um Bórgia, foste Alá Em Teu nome venderam indulgências Contra todas indecências De quem tem fé ignorante Dante Criou seu Inferno para esses: “Abandonai toda esperança, ó vós que entrai” E contemplai: Nossa fé imaginativa Hoje és Deus Cristo é Teu filho, no ocidente Crente Que aos quatro ventos propaga Teu Amor Mas apenas em palavras! Pois Tua Misericórdia esconde charlatões Falsos profetas, enganações Escória que usa Teu Sacro Nome Para sanar sua própria fome Tirando de quem já pouco tem E eu, tão insignif...

Simão Luiz Stanislawski Junior Licenca Creative Commons (ND)     Havia tempo os dias estavam nublados e o frio era insuportável. As pessoas andavam descrentes. A discórdia reinava por toda parte. Não havia como confiar, pois uma vez que o descrédito era a regra, a implacável teoria dos jogos da traição era sempre mais proveitosa, o que naquele lugar transformou gradativamente os homens em bichos. As ruas eram sujas, as casas derrubadas. A feiura também predominava, assim como o desleixo. Ser sincero significava ser bobo, assim como ser compassivo significava ser fraco. Tudo era uma guerra, naquela sociedade ganhar o pão de cada dia significava apenas lutar contra os mais fortes. Não se pensava em unir para construir. A luta de classes era incentivada pelo poder, o que estimulava nos seres um sentimento de inveja. Por aquela região caminhava Alba, mulher vivida o suficiente para ser considerada madura e bonita o suficiente para ser considerada jovem. Em verdade nã...