O Cisne Negro
Você só tem o Cisne Negro.
Tudo o que pode ser calculado já está tomado.
Você pode tentar entrar em algum espaço, como o cachorro que se coloca debaixo da mesa de jantar para pleitear o seu quinhão, mas deveria estar esperando o Cisne Negro.
Você está concorrendo com poderes maiores e mais organizados do que você. Eles têm cálculos mais precisos, mais recursos e gente mais inteligente do que você para calcular. Tudo o que te recomendarem fazer — e que todo mundo está fazendo — pode fracassar rapidamente se você não entender que os recursos estão sendo disputados por todos. Você estará aproveitando uma vantagem que se dissipa no tempo, rumo à aleatoriedade, e precisará de uma nova vantagem — desconhecida até então — para se estabelecer. Ou de um “fosso”. Mas a história do “fosso” fica pra depois…
A nova vantagem não está calculada. É a única coisa que você tem em pé de igualdade com todo mundo. Identificar aquilo que surge “por acaso” — e que por si só altera todos os cálculos — exige de você intuição, experiência e razoável especialização ou cultura.
É uma atitude individual. E por quê? Porque aquilo que está na linguagem já é um “divisor comum” para todos os interlocutores. E, portanto, é calculável. A intuição é algo diferente: você apenas sabe, mas não sabe explicar — diante de uma realidade mais complexa do que os cálculos e a linguagem.
É verdade, o Cisne Negro trará muitas mudanças. Para muitas pessoas, trará desafios e adversidades. Mas, se você estiver esperando, se estiver preparado, o mesmo evento será sua tábua de salvação.
O Cisne Negro não é um patinho feio.
Nós só temos o Cisne Negro.